E a vida pouco a pouco volta ao normal. Duas semanas altamente frenéticas, viajando, sendo minder, entregando o resto dos boletins que faltavam. Nem parece Julho, nem parece um período teóricamente destinado ao descanso. Mas é bom mesmo assim. A rotina do semestre, mesmo boa, nos impede de vivenciar diversas coisas. Como, em dia da semana, eu poderia ficar até quatro horas da manhã conversando potoca? Como, dando aulas, eu poderia viajar durante uma semana sem remorço de estar deixando os pobres aluninhos sem aula? É um mês só, mas é um mês valioso. Um Mês pra se fazer o que não se pode fazer nos outros dias. E o melhor de Julho, o que o torna melhor que, por exemplo, Dezembro, é que Julho tem esse ar de respirada. Não é o fim das coisas ainda, o ano não acabou, ainda se pode errar e acertar no mesmo angustiante período que 12 meses. Julho é a soneca na espriguiçadeira depois do almoço, não é o dormir da noite. Curiosidades: Julho tem este nome porque Júlio César nasceu neste mês (pra se sentir daquele jeito tinha que ser leonino :P). Outras:
Julho começa (astrologicamente) com o Sol no signo de Câncer (Caranguejo) e termina no signo de Leão. Astronomicamente falando, o Sol começa na constelação de Gemini (Gêmeos/Gémeos) e termina na constelação de Cancer.
No roda do ano pagã julho termina Lughnasadh ou próximo dela no hemisfério norte e no Imbolc ou próximo dele no hemisfério sul.
Na Igreja Católica Julho é dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus.
E o mais interessante de tudo:
Julho e Agosto são os unicos meses seguidos do ano que tem 31 dias. Isso aconteceu porque os dois meses são homenagens a Imperadores Romanos e um não poderia ter uma homenagem menor que a outra.
(Explicação: em Julho começa Leão e em Agosto termina...kkk)
Obrigada, Wikipédia.:D
Então, Braz-Tesol. Sem dúvida a coisa mais legal do Braz-Tesol foi esta figura:
Estávamos eu e Fjr, toddynho oficial destas duas semanas, procurando por bons workshops para assistir no período de alforra, quando não estávamos "mindeando". Meio sem acreditar que fosse ser lá grandes coisas, entramos atrasados em um workshop sobre erros e um cara com um inglês britânico absuuurdamente perfeito está propondo discussões. Desvio a atenção, ele sai da sala, e quando volta está vestido neste
outfit acima, exagerando os erros mais comuns (e mais irritantes) que um professor pode cometer em sala de aula (Mistake=Miss Take...polegar e indicador...entendeu, entendeu...).Eu quase não consigo assitir o workshop de tanto rir, de tanto identificar colegas e de, sim, eu assumo, me ver exagerada em muitas de suas catastróficas ações. E o engraçado é que eu já tinha feito coisa parecida à pedido da Malena num TDC que ela ministrou num curso de Inglês de uma amiga dela. Mas ele, definitivamente se garantiu muito mais. Sei lá, acho que é mais fácil ser esnobe e não dar atenção aos alunos com
british accent:P Mas, enfim, brincadeiras à parte, foi um workshop digno de aplausos. Não foi só um cara vestido de mulher fazendo gracinhas, os erros que ele exagerou estão tão presentes em sala de aula que chega a ser absurdo. Realmente um tapa na cara pra se refletir por dias. Créditos a
Dan Conti, ministrante do workshop (mas cá entre nós, pode chamar de Mr. Take.:D)
Pra encerrar alguns J Facts sobre Professores:
1) Todo professor é muito mais capaz, dinâmico e eficiente quando observa uma aula alheia.
2) Quando professores se reúnem em um encontro como o Braz-Tesol, 80% do tempo gasto em um seminário será gasto em frases sobre a importância da própria profissão, como ganhamos pouco mas somos felizes, como somos absurdamente essenciais à sociedade e o quanto devemos nos unir e nos sentirmos especiais e sublimes. Parece mais uma clínica psiquiátrica que um encontro de professores.
3) O auge da profissão de um professor de Inglês é quando ele tem coragem suficiente para falar em Inglês sobre suas idéias para uma platéia de quase 500 também professores de Inglês, sem contar os nativos espalhados. Pois cada professor daquela platéia espera ansiosamente por um deslize, uma preposição mal empregada, um present perfect no lugar de um past perfect. É como desfilar sem pele para uma platéia de canibais famintos.