domingo, 21 de junho de 2009

Sobre a morte de minha TV




Fazia muito tempo que eu não ligava a TV. Depois de cancelarmos a TV à cabo e pegarmos o hábito de assistir filmes no computador ou no cinema, aquele utensílio ficou servindo como eventual cama do gato ou apoio para os trocados do bolso. Outro dia, estava no quarto adivinhando formas nas marcas de umidade na parede e resolvi ligá-la. Assisti TV durante exatos vinte minutos. Ví um pedaço de um jornal, um fim de um episódio de novela e um pedaço de um programa de entrevistas que discutia como um livro de quadrinhos com palavrões foi parar como leitura obrigatória nas escolas públicas do Rio de Janeiro. Daí a TV pifou. Fez um barulho esquisito, como se anunciasse sua partida, como se de alguma forma se despedisse (ou reclamasse o prolongamento de seu descanso) e morreu. E o silêncio que invadiu o quarto me fez refletir se eu estava triste ou feliz por sua partida súbita.

A verdade é que o fato da TV ter morrido foi para mim como um sexto dedo no pé que não incomoda e nem ajuda que um dia cai e, você pensa se vai sentir falta dele ou não. Fez parte de você por tanto tempo que alguns segundos de reflexão se fazem necessários. Assim foi a TV, algo que fez parte da minha vida por, digamos, toda ela, sempre lá, seja lá onde eu fosse, ligada ou desligada, com áudio ou sem. O fato é que eu acho que ficamos acostumados a TV.

Outro dia estava traduzindo para uma Sueca que apadrinha uma criança carente em uma cidadezinha do interior e ela me pediu para perguntar para a criança se ele tinha uma televisão em casa. Eu ri. Ficou até feio eu ter rido assim pra pergunta da gringa. Mas é que uma pergunta assim só poderia ser feita por alguém que não mora no Brasil. Toda casa tem TV aqui. Toda. Da mais pobre à mais abastada. O Brasileiro pode não ter nada, mas uma TV ele tem. E mais de uma, quase sempre. A TV está na casa e mesmo desligada está firme e forte na mente e nas opiniões dos brasileiros. Da mais viciada nas novelas ao breve telespectador do Fantástico, só é importante para o país o que passa na TV. E ai de você se não asssitir.

Para mim, com o advento da Internet, meu som e minha TV se tornaram objetos de decoração. Vejo tudo o que quero por aqui, leio o que quero por aqui, sei de tudo e de todos. Não me lembro da última vez que comprei um CD e a última vez que comprei um jornal foi para guardar de recordação a reportagem da banda da minha mãe. A profecia que dizia que os jornais e a TV vão se tornar objetos do passado é cada vez mais nítida para mim. Por isso, quando minha TV morreu eu tive a estranha sensação de que aquele era um momento a ser lembrado pela vida inteira, como aquelas biografias em linhas do tempo:

"2009 - Sua TV pifa e ela percebe que chegaram, enfim, os tempos modernos."

Ps: Como boa tradutora, fiz pergunta para a criança "carente. Ela me disse que tinha três Tvs.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sobre Regina Spektor




Depois de um breve deleite com Kate Nash, acredito que, dessa vez, achei uma cantora contemporânea que realmente me chamou a atenção. O nome dela é Regina Spektor e de cara digo que este não é exatamente um nome artístico que me convidaria a ouví-la. Foi pelo MSN, após ouvir as músicas demo que a Longneck postou no myspace da banda que Cícero me indicou "Fidelity" e de lá pra cá é só o que tenho ouvido. Só o clipe já é fantástico. Bem no estilo que eu adoro, preto e branco, idéias mímicas, batom vermelho e um ar antigo-caricato. Sem contar que o que ela faz com a voz é simplesmente magnífico. Tendo esgotado o estoque do you tube é o 4shared quem me ajuda a conhecer mais de minha mais nova mania. Tirem suas próprias conclusões, então. O link abaixo dá acesso ao álbum mais recente dela, Begin to Hope.

http://www.4shared.com/file/47188024/1bd4a411/Regina_Spektor_-_Begin_To_Hope.html?s=1

sábado, 13 de junho de 2009

Sobre trabalhar no Sábado de manhã





Já devo ter escrito por aqui o quanto eu odeio trabalhar dia de sábado. Acho um crime forçar alguém a ter apenas um dia de acordar tarde, o domingo, que passa tão rápido! Trabalhar no sábado (e há quem trabalhe o dia de sábado inteiro) é um crime contra a saúde, o planejamento e o lazer de qualquer ser humano. A semana te consome por completo e quando você acha que acabou, vem o sábado ainda. No domingo, o indivíduo está tão acabado que nem dormir ele consegue, de tão acostumado o relógio biológico já está em madrugar durante os dias úteis.

Este semestre fui obrigada a voltar a dar aulas nos sábados de manhã, à contra-gosto, mas por uma boa causa. Próximo semestre, sem chance. A maioria dos bons eventos da cidade ocorrem na sexta-feira à noite. Eu quero descansar, poder viajar no fim de semana, além de ser também uma tremenda hipocrisia dar aula aos sábados - é notório que se finge que se ensina um idioma uma vez por semana. Sinto-me enganando pessoas. É necessária muita força de vontade e tempo, coisas que o aluno do sábado simplesmente não tem. Da mistura professor cansado mais aluno cansado só frustração pode surgir.



sexta-feira, 12 de junho de 2009

COF COF COF COF COF





Rapaz...quanto tempo longe daqui. Como é que eu crio um blog para não parar mais de escrever e deixo de escrever?
Sem condições!
Volto hoje à ativa.
Mas como toda casa velha, primeiro preciso fazer a faxina para voltar à ativa.
De amanhã em diante, é texto todo dia para alegrar o coração dos meus leitores. Sim todos vocês!
Todos...todo...você aí...EI! Volta aqui!